domingo, 24 de abril de 2011

mother



Ao longo do tempo fomos ambas crescendo. Eu deixei de ser aquela criança mimada, que queria tudo e se não obtivesse ficava logo chateada, enfim aos poucos e poucos fui crescendo, até me tornar numa mulher. Tu mudas-te completamente devido às circunstâncias da vida, mudas-te sobretudo ano passado, quando o pior aconteceu ..
Lembro-me perfeitamente como se fosse hoje, uma noite de chuva e de trovoada eu gritava por ti com medo, gritava para vires para a minha beira. Ficas-te quase toda a noite comigo, de madrugada quando os trovões pararam, voltas-te para o teu ninho, voltas-te para junto do teu homem. E nessa noite tive um pesadelo, um pesadelo horrivel, sonhei com a tua morte. E fui a correr para o teu quarto a chorar, dizer-te que nunca te queria perder, e tu abraçaste-me fortemente.
Sinceramente não sei pelo que andas a passar, não sei o que sentes neste momento, não sei de nada, e isso é frustante para mim. Se eu chorei horas a fio por um pesadelo, então não consigo imaginar, não consigo sequer saber como está a ser a tua vida sem a tua mãe, porque tu nem sequer mostras, escondes-te atrás de sorrisos, quando na verdade queres gritar, chorar, mas fazes tudo isto para me proteger, eu sei.
Nunca mais fomos as mesma uma para a outra, e lá no fundo tenho pena disso, mas a vida é assim, ambas crescemos. Porém continuamos com as nossas parvoices, sobretudo as tuas, mas que enchem o meu coração de alegria. Neste momento não mudaria nada em ti, em nós!
Apesar de tudo, tenho imenso imenso imenso orgulho em ti, és sem duvida a melhor mãe do mundo e eu um dia quero tornar-me na grande mulher que tu és hoje.
AMO-TE MÃE!

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